quinta-feira, 30 de julho de 2009

Apenas um conto

Just for fun...

Holocausto
São 18:14, não há 1 carro circulando apesar do horário. Fosse uns 8 meses atrás, haveria congestionamento. Carros, muitos carros, parados, buzinando, puluindo. 0 silêncio e o ar puro eram agoniantes, são eementos estranhos em uma cidade grande.
Caminho sozinho. Carrego minha mochila vazia que costumava conter livros e cadernos. Ela não voltará vazia. Levo comigo 2 facas, uma com fácil e rápido acesso, a outra mantenho escondida, atada ao meu cinto, nas minhas costas. O caos pôs nossos instintos de sobrivência à prova, é preciso cuidado ao andar pelas ruas.
Encontro um mercado invadido. O alarme ainda sôa, mas ninguém virá, a não ser para procurar sobrevivência. Não há muito, mas o que encontro coloco dentro de minha mochila. Está escurecendo, caminho pelas sombras.
São poucos os que permanecem no condomínio no qual resido, o que me deixa mais tranquilo. Não confio em ninguém, nunca confiei, nem mesmo antes deste fim de mundo começar. Parece que o homem não conseguiu desviar da seleção natural desta vez.
Ao chegar em casa, imediatamente monto a barreira na porta. Apesar da fome intensa, me sacio com pouco. A luz da vela iumina a carta deixada pelos meus pais. Eles a deixaram lá depois de serem diagnosticados. Para me salvar, resolveram morrer longe. Se eles soubessem o que eu passei, teriam me levado junto. Os primeiros meses foram basicamente lágrimas e comida que havia em casa. Logo havia apenas as lágrimas. O preço dos alimentos havia quadruplicado, mas ogo o dinheiro passou a ter vaor nenhum, pela 1ª vez.
Vou até a sacada para observar a cidade. Este é meu único passatempo desde que comi o último pacote de bolacha que eu encontrei. A falta de luz revela todas as estreas no céu. Não sabia que havia tantas estrelas assim ao alcance de nosso alcance visual. 'Não é assim que morrerei' pensei, batalhei para sobreviver. Sobrevivi. Escuto passos, rapidamente me preparo para qualquer tentativa de invasão. Os passos se aproximam. 'Não é assim que morrerei' pensei novamente, não é assim que morrerei.

Nenhum comentário:

Postar um comentário