sábado, 8 de agosto de 2009

Gripe Suína [visão crítica]

Afinal, de vez em quando posts sérios surgem por aqui.
A epidemia se tornou assunto diário de todos os tipos de comunicação, desde jornais até fofocas. Entre todas as informações que recebemos, é importante termos senso crítico para tentar avalia-las, havendo distinção entre verdade e mentira, relevante e irrelevante.
De acordo com a OMS, foram registrados 162380 casos de gripe suína, dentre os quais 1154 foram fatais [dados atualizados no dia 4 de agosto], o que representa 0,7% de letalidade. A situação das Américas é mais grave do que a do resto do mundo. Mais da metade dos casos registrados na OMS são das Américas, onde a letalidade atingiu 1,02%.
Nem todos os casos de gripe suína são reportados, nem todas as mortes pela mesma doença foram devidamente diagnosticadas, pode pensar. Realmente. Laboratórios estão saturando. O pânico gerado trouxe consigo a paranóia. Na Inglaterra, menina de 2 anos diagnosticada com gripe suína morreu, só então o diagnóstico correto foi feito. Ela morreu, na verdade, de meningite. Estamos no inverno, doenças respiratórias são comuns nessa estação, como resfriado, gripe, meningite, tuberculose, entre outras. Escuto diversas histórias, todas elas sobre um conhecido de um conhecido que morreu de gripe suína. Eu pergunto se foi realmente confirmado a morte por gripe suína...minha mãe me chama de cético. Dizem que a mídia está abafando o caso, não está mostrando os dados verdadeiros para amenizar o pânico. Não vejo vantagem em mostrar dados falsos, mas não descarto tal possibilidade. A mídia é um instrumento fortíssimo para guiar toda uma sociedade, podendo levá-la à ordem ou ao caos.
Falando em caos, acredito que ele está por vir. Há médicos que se recusam a trabalhar com casos suspeitos de gripe suína. Há médicos contraindo a doença, afinal eles estão expostos a uma multidão de pessoas que estão [ou acreditam estar] com a doença em questão. Boatos dizem que haverá paralização do comércio. Nem todos tem um estoque de comida em casa, nem todos sabem se portar em uma sociedade. Saques são comuns após um desastre natural.
Estamos passando por um processo de seleção natural... Com o grande aumento popuacional mundial, o espaço individual foi reduzido, estamos mais próximos um dos outros. Com a globalização e os avanços tecnológicos, barreiras geográficas foram quebradas. O trânsito de micro-organismos [sim, tem hífen] foi beneficiado também. Não criamos as condições para alastramento desta doença apenas. O aquecimento global facilitou a difusão da malária e outras doenças tropicais transmitidas por mosquitos. Tais doenças estão migrando da Linha do Equador para os polos, a medida que os mosquitos encontram clima quente o suficiente para se desenvoverem em cada vez mais áreas. Que sobrevivam os fortes! Que eu seja um dos fortes...
[Referências: The Sun e WHO [OMS]]

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